Renato Teixeira Romaria

RENATO TEIXEIRA – ROMARIA

Em entrevista a José Hamilton Ribeiro para o Globo Rural, Renato Teixeira disse a respeito de sua música ROMARIA: “Muitos países celebram seu sentido de união nacional com monumentos a militares, guerreiros, homens poderosos. O Brasil, não: quem cria e define nossa união é uma mensagem de fé, de amor, de esperança: é Nossa Senhora. Ela é nossa santa nacional, de um canto a outro do país.”

E foi em homenagem a esta Santa Nacional que ele criou uma das obras-primas do cancioneiro brasileiro, uma das músicas mais gravadas – e cantadas – no País.

Mas este sucesso não surgiu por acaso. Durante muito tempo Renato Teixeira procurou um cantor ou cantora que gravasse a música e, por motivo de gênero musical ou simplesmente por causa da palavra “caipira” era sempre recusado. Azar ou Sorte?

A resposta veio quando procurou pessoalmente Elis Regina, a cantora mais amada do país na época, e ela, ao ouvir a música se emocionou, pressentiu seu sucesso e gravou-a quase imediatamente.

O sucesso se confirmou. O Brasil inteiro fez coro a “Romaria” que se tornou um Hino a Nossa Senhora e, desde então, é cantada todos os dias, em todos os lugares, especialmente em Aparecida do Norte, SP, onde fica a Basílica construída em homenagem à Santa.

Mas Renato Teixeira não é um “Caipira Raiz”. Ele nasceu em Santos, uma grande cidade de São Paulo, em 1945, onde moraria por pouco tempo: era ainda criança quando sua família mudou-se para Taubaté, também em SP, onde o menino cresceu ouvindo músicas caipiras, muito tocadas no interior do Brasil e, aos 15 anos, começou a trabalhar como radialista na rádio Difusora de Taubaté onde aprendeu muito sobre o gênero.

Em 1967 foi realizado em São Paulo (capital) um dos maiores eventos da música no Brasil, o III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record.

Renato, que já havia se mudado para aquela cidade, participou deste festival com a marcha “Dadá Maria”, defendida por Gal Costa, gravando a canção em dueto com a cantora. 

No ano seguinte, compõe com Beto Ruschel a valsinha “Madrasta”, defendida por Roberto Carlos no 4º Festival da MPB.

Sua carreira começa a se consolidar.

Agora, participava das rodas de chope e musicais com os músicos que despontavam na época: Chico Buarque, Vandré, Caetano, Gal, Edu Lobo, etc. e seu nome começava a ser conhecido no meio musical como um compositor sério, talentoso, preciso. 

Mas a música ainda não lhe rendia o necessário e, para sobreviver, em parceria com amigos, abriu um estúdio de jingles e compôs vários deles. Muitos se tornaram conhecidos em todo o país, como, por exemplo, o do Drops Kids Hortelã.

Como de costume, trabalha muito, mas reserva um tempo para o compositor. Cria suas músicas com o mesmo rigor de sempre, com letras e melodias elaboradas, passeando entre o popular/caipira e o erudito.
Os jingles lhes rendem algum dinheiro e, pouco a pouco, sua vida vai se modificando. 

Agora ele vive da música e para a música. Vive modestamente, mas…

Em 1977 na voz de Elis Regina, “Romaria” explode em todo o País e sua vida se modifica do dia para noite.

“Minha música é o romeiro cantando sua fé. É o sujeito simples que veste sua melhor roupa, como se fosse para a festa, e quando chega a Aparecida muda até seu olhar, muda tudo. São as pessoas em busca de paz espiritual”, diz Renato Teixeira.

Romaria é uma música encantatória, uma genuína música brasileira que nos faz meditar, ter fé, sentir amor…

“Romaria” é Renato Teixeira.

“Romaria”…

É Brasil.

 

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