Lino Violeiro

A jovem viola pede licença pra chegar!

A tradição e a juventude podem sim dar uma dupla de muito sucesso. 

O antigo se renova, e ganha força para seguir além, toda vez que o novo o revisita. Principalmente quando quem chega traz o que é bom do passado e ainda lhe atribui o frescor  de suas próprias qualidades. 

Todas estas palavras servem mesmo para saudar Lino Violeiro

Este menino, hoje, ainda, com 25 anos, abraçou muito cedo o instrumento. Uma vez, junto com a mãe, indo buscar o irmão mais velho na aula de violão foi perguntado se também gostaria de estudar. E então apontando para o canto da sala disse que queria  aquele violão que tinha mais cordas. Era uma viola caipira! 

Assim começou o namoro, que deu neste harmonioso casamento. 

De lá pra cá, Lino não desgrudou mais da inseparável companheira. 

A consequência de muita dedicação e um sonho perseguido: o DVD. 

Lino Violeiro acaba de gravar “Eu Nasci Pra Essa Viola”, o seu primeiro DVD. Nele o músico mostra várias canções, em diferentes vertentes do universo caipira. Tanto em ritmos e melodias, quanto em assuntos (letras), o compositor mostra a sua  versatilidade e riqueza de conteúdo. Muitas das canções, Lino assina sozinho e em outras traz  consigo queridos parceiros. 

Gravado em Muzambinho-MG, sua terra natal, a cena mostra Lino e sua banda em um bonito  cenário colonial. O pátio da Casa da Cultura, onde atrás vê-se uma linda fachada de um antigo, e bem conservado, casarão. 

15 canções em arranjos bem elaborados, tanto na diversidade instrumental – quanto no bom  gosto, deram mesmo em primoroso resultado. Que fica difícil escolher quais citar: Pagode  Bicharedo, Carrinho Gandolf, Centelha e Senhora Fé estão entre elas. 

Vale também dizer que, a maturidade musical surpreende se comparada à jovialidade do  artista. O Violeiro recebeu a participação do amigo e parceiro, o compositor e cantor Evandro  Navarro, e juntos cantaram Também Choro, composição do convidado. Navarro ainda assina  outras duas parcerias com Lino, que também integram este novo trabalho. Os mais antigos, ao assistirem, com certeza, se sentirão homenageados. E os da nova geração,  contemporâneos de Lino, terão motivação para, quem sabe, iniciarem caminho. E assim, Lino Violeiro terá, junto com seus velhos ídolos, também contribuído para manter a  Viola Caipira no mais alto “altar”; lugar de onde nunca deveria sair.

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